o poeta

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

o numero 2 e a pena de morte



Um belo dia estava na sala de espera de uma clínica, fui fazer o número 1 no banheiro (claro que foi no banheiro, até parece que eu iria mijar no vaso de planta fora da minha casa) e observei que existia um pequeno vestígio de um número 2 boiando solitário na privada.
Após finalizar minha necessidade, dei descarga, lavei as mãos (sempre!) e, quando já estava saindo do sanitário, vi que o “presente” ainda estava lá. Fiquei preocupado porque, se eu saísse do banheiro, seria automaticamente considerado o autor. Então dei mais duas descargas, mas nada dele desaparecer. Cogitei até removê-lo manualmente utilizando um copo plástico, mas - ainda bem - que na terceira descarga consegui exterminá-lo.
Nada pior do que ser acusado por algo que você não fez. Acho que é por isso que a pena de morte não tem dado tão certo nos Estados Unidos: porque algumas pessoas podem ser acusadas – e condenadas – por atos que não fizeram. E, a partir do momento que isso ocorre pela primeira vez, todo o sistema perde sua credibilidade.
Segundo os economistas Levitt e Dubner no livro “Freakonomics”, o índice anual de execuções dos condenados à pena de morte é de apenas 2%. Em toda a década de 90, houveram apenas 478 execuções de pena de morte nos Estados Unidos. Enquanto isso, todos os anos ocorre uma morte por afogamento em piscina para cada onze mil piscinas residenciais nos Estados Unidos.
Considerando as seis milhões de piscinas, isso significa 550 afogamentos por ano. Ou seja, em um ano ocorrem mais mortes por afogamento em piscina do que mortes por execuções de pena de morte. Portanto, se você está condenando à pena de morte, cuidado com piscina, viu?

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